
Ele também usou lentes triplas no sistema JD, fazendo com que sua imagem aparecesse em três locais separados.
Essas imagens, destacadas com caixas brancas, são marcadas como JD1, JD2 e JD3;
visualizações ampliadas são mostradas nos painéis à direita.
Créditos – Ciência: NASA / ESA / CSA / Dan Coe (STScI) / Rebecca Larson (UT) / Yu-Yang Hsiao (JHU);
Processamento de imagem: Alyssa Pagan (STScI)
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) é o mais poderoso telescópio espacial da NASA e está revelando os segredos do universo primordial. Uma de suas descobertas é a possível observação de uma fusão de galáxias bebês que ocorreu quando o universo tinha cerca de 1,8 bilhão de anos.
Astrônomos usaram o JWST para observar uma galáxia distante que está formando estrelas em um ritmo explosivo. Essa galáxia, chamada MACS0647-JD (MACS-JD), é uma das mais antigas e remotas que podemos estudar com o JWST. Ela é tão longe que sua luz demorou 13,3 bilhões de anos para chegar até nós.
A razão pela qual podemos ver MACS-JD é porque sua luz foi triplamente ampliada e distorcida por um aglomerado de galáxias que fica na frente dela da nossa perspectiva. O aglomerado curva o espaço-tempo, dividindo a luz em três imagens da mesma galáxia. As imagens são ampliadas por fatores de oito, cinco e dois, então elas aparecem mais brilhantes do que ouras galáxias em distâncias similares.
As imagens do JWST de MACS-JD mostraram uma surpresa: o que antes era visto como uma única galáxia agora parece ser duas galáxias bebês, chamadas A e B. A é mais brilhante e maior com formação estelar muito recente e sem poeira, enquanto B parece mais velha e tem um pouco de poeira. Suas diferentes histórias de formação estelar sugerem que elas se formaram mais afastadas, só se aproximando recentemente.
Essa fusão pode explicar por que MACS-JD está produzindo estrelas tão rapidamente, cerca de 500 vezes mais do que a nossa Via Láctea. A interação gravitacional entre as duas galáxias pode ter comprimido o gás e a poeira, criando condições favoráveis para o nascimento de estrelas.
A descoberta de MACS-JD é importante porque nos ajuda a entender como as galáxias evoluíram ao longo da história do universo. Além disso, ela mostra o potencial do JWST para explorar as regiões mais remotas e antigas do espaço, usando sua capacidade única de captar a luz infravermelha que atravessa as nuvens de poeira.